Manejo Clínico para Tratamento da COVID-19

Estudo sobre Hematologia e a COVID

O protocolo de intubação do Hospital PUC-CAMPINAS prevê algumas medidas durante o procedimento de intubação que visam evitar a contaminação da equipe bem como garantir o melhor atendimento ao paciente. Nesse sentido, a intubação orotraqueal deve ser realizada por uma equipe reduzida composta por um médico, um enfermeiro e/ou técnico de enfermagem e um fisioterapeuta. Esses profissionais devem estar utilizando aventais, luvas, gorros, máscaras N95 e face shields ou óculos de proteção. A utilização de alguns materiais em todos os procedimentos de intubação orotraqueal realizadas em pacientes confirmados ou com suspeita de COVID-19 passou a ser obrigatória: dispositivo para vedação do tubo, filtro HME ou HMEF virológico, dispositivo fechado de aspiração (Trachcare), pinça cirúrgica e clamp de cordão umbilical e/ou dispositivo que vede o tubo orotraqueal. Para mais informações a respeito do procedimento consulte o protocolo integral.

Comentário do Professor

A intubação orotraqueal no ambiente intensivo de pacientes com suspeita ou quadro confirmado de COVID-19 é um momento de grande apreensão para toda a equipe realizando o procedimento. As maiores preocupações são potenciais dificuldades técnicas devido ao comprometimento pulmonar de base normalmente presente e o risco de contaminação da equipe. Dessa forma, torna-se indispensável que todo o procedimento de intubação orotraqueal seja organizado seguindo os protocolos institucionais. A equipe deve ser a mínima necessária para evitar riscos, os equipamentos de proteção individuais (máscara N-95, faceshield) devem estar adequadamente vestidos, e a sequência rápida de intubação, com tubo orotraqueal clampeado para evitar dispersão de aerossóis, são preconizados. O videolaringoscópio, aquisição recente no ambiente intensivo em nossa instituição, facilita o procedimento após treinamento adequado e deve ser utilizado. A equipe deve estar preparada, após a intubação, para realizar a pronação do paciente (deitá-lo de barriga para baixo) para auxiliar na oxigenação pulmonar, algo frequentemente necessário em pacientes com casos mais graves de COVID-19.

Dr. ARTHUR MATTOS ARCA
Especialista em Terapia Intensiva pela Unicamp
Preceptor da residência médica de Terapia Intensiva da PUC-Campinas
Coordenador das Unidades de Terapia Intensiva do Hospital Estadual de Sumaré

Dr Arthur Mattos ArcaGraduado em Medicina e com Residência em Clínica Médica e Medicina Intensiva pela Unicamp. Médico plantonista na UTI adulta do Hospital Puc Campinas. Coordenador da UTI adulto do Hospital de Sumaré. Médico da UTI e emergência do Hospital Madre Theodora.